O bug do milésimo
Finalmente chegou ao fim a saga do propalado gol n°1.000 de Romário.
Confesso que não tenho particular simpatia pela figura do Romário. Foi um dos mais brilhantes artilheiros da história do futebol mundial, com um talento ímpar para jogar naqueles últimos 16,5 metros que são a largura da grande área, mas foi sempre uma pessoa arrogante e prepotente, mal formado, com seu mau caráter acentuado pelo deslumbrante sucesso alcançado tão jovem.
Não constitui portanto surpresa que, aos 41 anos e já não podendo com uma gata pelo rabo, Romário tenha embarcado neste embuste fabricado pelo mais repugnante dos cartolas do futebol carioca, com a colaboração dos mídia e conivência dos mais diversos agentes ligados ao futebol Brasileiro.
As imagens do baixinho rodeado de companheiros, jornalistas, gândulas e picapaus de caramelo, Dona Lita e Romarinho, comemorando um suposto milésimo gol de contabilidade duvidosa é um atentado ao futebol e um total desrespeito pelas regras do jogo.
A invasão de campo que suspendeu o jogo por mais de 15 minutos, só foi resolvida pela intervenção do grande chefe Eurico para que se pudesse proceder à homenagem do seu Vasco ao homem-gol (ou direi homem-1000?) com uma volta olímpica ao estádio de São Januário, tudo com a complacência dos juízes, da CBF e das autoridades policiais.
Prova que o futebol Brasileiro está totalmente nas mãos de cartolas do calibre de Eurico Miranda e dos interesses comerciais/publicitários capitaneados pela rede globo. Se dá IBOPE...
Eurico quer contruir uma estátua de bronze de Romário, tamanho real - 1,69m - por detrás da baliza do gol 1.000. Será um ex-libris do seu projeto milésimo que, sacrificando profissionais e títulos do seu Vasco, bichou a verdade e a lei do esporte que já foi um dia, como Pelé - esse sim o verdadeiro detentor da marca, chamado de Rei.